39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

EXPOSIÇÃO AO RUÍDO E PERCEPÇÕES DE EFEITOS À SAÚDE EM PROFESSORES E PROFESSORAS UNIVERSITÁRIOS
Manabe, L.M. ; Lima, C.C. ; Fiorini, A.C. ;

Introdução. O ruído representa um importante problema de saúde pública por estar presente em nosso cotidiano como, por exemplo, nos ambientes de trabalho, nas atividades de lazer e nas ruas das cidades. No ambiente de trabalho, o ruído é reconhecido principalmente devido aos possíveis efeitos deletérios provocados ao sistema auditivo. Entretanto, além dos efeitos auditivos, o ruído é capaz de gerar um desgaste psicofísico aos trabalhadores a ele expostos em seu ambiente laboral. O ruído, mesmo em níveis não tão elevados, é um perigo físico comum em quase todos os locais de trabalho. Do ponto de vista ocupacional, as investigações se concentram nos trabalhadores da indústria, mas existem outros ambientes onde o ruído é uma presença constante, como salas de aula. Mesmo quando os níveis sonoros não são muito elevados, há o risco de efeitos prejudiciais à saúde dos professores. Objetivo. Avaliar as queixas de saúde relacionadas à exposição a ruído em professores e professoras de uma universidade p;ublica do município de São Paulo. Método. Estudo epidemiológico do tipo transversal de inquérito realizado por meio da aplicação de questionário estruturado para avaliar as percepções do ruído no ambiente de trabalho e as queixas de saúde. Resultados. A amostra consistiu em 98 professores, dos quais 73,5% eram do gênero feminino, com a média de idade de 52,3 anos. Quanto ao tempo de docência, a média foi de 20,2 anos, variando de 1 ano a 48 anos. Em média, os participantes dedicaram cerca de 4,33 horas por dia ao ensino. A maioria classificou sua saúde como Boa (44,9%) ou Ótima (31,6%), enquanto 50% indicaram que o ruído atrapalha, às vezes, as atividades de ensino. Em relação à percepção do ruído, a média da escala de incômodo obtida foi de 5,78, podendo ser classificado como “nível moderado” de incômodo, perturbação e/ou irritabilidade. O teste de Shapiro-Wilk indicou p<0,001, ou seja, é uma distribuição diferente da distribuição normal Quanto aos efeitos pessoais do ruído, a maioria dos professores mencionou que o ruído impede a concentração (42,1%) e cerca de 59,2% referiram que o barulho os deixa cansados. Na avaliação da Escala do incômodo e sensibilidade, o escore médio (escala de 0 a 10) variou de 5,53 (Ruído provoca estresse) a 5,71 (Ruído interfere na compreensão da fala). No teste de Shapiro-Wilk, para todas as variáveis, encontramos p<0,05, ou seja, as distribuições encontradas são diferentes da distribuição normal. Os efeitos do ruído no cotidiano incluíram distração (51%) e interferência no trabalho/estudo (51%), com 50% mencionando também exaustão. Conclusão. a percepção positiva da saúde contrasta com pesquisas anteriores e embora sintam alguma interferência do ruído, muitos não consideram isto prejudicial. Assim, faz-se necessário considerar uma abordagem multidimensional na compreensão dos efeitos do ruído nas atividades educacionais, com o intuito de planejar açòes necessárias para a proteção à saúde.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1339
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1339



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