RASTREIO PRECOCE DE ALTERAÇÕES AUDITIVAS NO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Oliveira, P.F ;
Gois da Silva, N.S. ;
Reis, L.F ;
Barros, A.N.C ;
Santos, M.E.A ;
Nascimento, F.C ;
Ferreira, F.A ;
Andrade, I.V.V. ;
Moraes, A.A.B ;
Lima, K.M ;
INTRODUÇÃO: A quimioterapia é um procedimento terapêutico que envolve o uso de medicamentos que tem como objetivo eliminar as células cancerosas. Esse tratamento pode causar efeitos colaterais no sistema auditivo, como zumbido e perda de audição. Desta maneira, as emissões otoacústicas transientes (EOAT) são um método eficaz para detectar precocemente a perda auditiva, pois permitem avaliar a função coclear. OBJETIVO: Analisar as respostas das EOAT em pacientes submetidos à quimioterapia. MATERIAL E MÉTODO: A pesquisa foi do tipo coorte com corte transversal, de natureza analítica e observacional. Foram realizados procedimentos como anamnese (dados sociodoemograficos, história pregressa do câncer, saúde auditiva incluindo as queixas como não ouvir bem e presença de zumbido), meatoscopia e registros das EOAT, sendo os dados posteriormente analisados no software SPSS 20.0. Na análise considerou-se p valor significativo quando ≤0,05. RESULTADOS: O câncer de mama foi o mais incidente, principalmente entre mulheres com média de idade de 47,23 anos. O medicamento ototóxico mais utilizado foi do grupo da platina e a maioria (61,5%) relatou piora na audição e 100% presença de zumbido. Na análise das EOAT verificou-se que 61,5% apresentaram ausência de respostas para orelha direita e 44,2 % para orelha esquerda, entretanto não houve diferença estatisticamente significativa para os pacientes que relataram presença de queixa auditiva. CONCLUSÃO: As emissões otoacústicas transientes desempenham um papel importante na rastreio auditivo durante o tratamento quimioterápico, pois auxiliam no diagnóstico precoce. É um exame rápido, não invasivo e não depende da resposta comportamental do paciente, uma vez que muitos se encontram debilitados em decorrência do tratamento antineoplásico.
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