ESTUDO DAS CÉLULAS CILADAS EXTERNAS COM USO DAS OTOEMISSÕES ACÚSTICAS POR PRODUTO DE DISTORÇÃO NA ONCOLOGIA
Oliveira, P.F ;
Gois da Silva, N.S ;
Santos, R.L ;
Ferreira, F. A ;
Nascimento, F.C ;
Santos, M.E.A ;
Barros, A.C.N ;
Reis, L.F ;
Nascimento Santos, L.M ;
Santos, D.C ;
INTRODUÇÃO: O monitoramento auditivo em pacientes expostos a fármacos ototóxicos é fundamental para detectar precocemente possíveis alterações auditivas decorrentes do tratamento oncológico. As emissões otoacústicas surgem como uma ferramenta eficaz nesse contexto, uma vez que avaliam a função coclear e detectam alterações nos estágios iniciais. OBJETIVO: Analisar a resposta das emissões otoacústicas por produto de distorção em pacientes submetidos à quimioterapia. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa coorte com corte transversal, de natureza analítica e observacional. Foram realizados procedimentos como anamnese (identificação, dados sócio demográficos, histórico pregresso do câncer e saúde auditiva), meatoscopia e emissões otoacústicas por produto de distorção convencional (2 a 5 kHz). Os dados posteriormente foram analisados no SPSS 20.0, sendo considerado significativo p≤ 0,05. RESULTADOS: Dos 52 participantes elegíveis para a amostra, 69,2% eram do sexo feminino, sendo o cancer inicidente o de mama. A maioria residia na capital e relatou baixa escolaridade. Todos os participantes apresentaram zumbido e tontura, enquanto 61,5% relataram dificuldade auditiva pós-tratamento. A frequência de 5kHz apresentou menor amplitude de resposta nos pacientes tratados com carboplatina, ciclofosfamida, oxaliplatina e cisplatina (p≤ 0,05). A amplitude de resposta foi menor para o gênero masculino do que feminino para todas as frequencias sob teste (p≤ 0,05). CONCLUSÃO: O câncer de mama foi o mais comum entre as mulheres, e as emissões otoacústicas foram eficazes na detecção de efeitos ototóxicos, especialmente nas frequências acima de 4 kHz nos pacientes tratados com quimioterápicos.
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