39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DO TRONCO ENCEFÁLICO NA EXPOSIÇÃO AO SARS-COV-2 GESTACIONAL
Varela, F.V.C. ; Carvalho, A.B. ; Lewis, D.R. ; Araújo, F.C.M. ;

Introdução: O SARS-CoV-2 causa infecção com tropismo em vias aéreas e sistema neurológico, com isso pesquisa-se a relação desse vírus com a audição, e com a transmissão vertical durante a gestação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever os resultados do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) clique de crianças provenientes de gestação com SARS-CoV-2. Metodologia: Participaram 22 crianças, de até 1 ano de idade, ambos os gêneros, sem indicador de risco para perda auditiva, cujas mães tiveram SARS-CoV-2 na gestação, avaliadas com as Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT) e o PEATE clique. As crianças foram avaliadas em dois momentos, sendo a primeira avaliação realizada entre o primeiro e o quarto mês de vida, através das EOAT e do PEATE clique, e a segunda avaliação realizada a partir do sexto mês de vida das crianças, também utilizando os mesmos testes citados anteriormente. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição sob o número de parecer 4.089.880. Para análise dos dados foi feita uma análise estatística descritiva e inferencial através dos testes: Teste de Shapiro-Wilk, Teste de Wilcoxon, Teste t-Student e significância de 5%. Para o cálculo dos testes estatísticos foi utilizado o Software Estatístico R. Resultados: Na primeira avaliação, observou-se que uma criança obteve resultado de falha com o PEATE e 100% das crianças avaliadas com EOAT apresentaram respostas presentes, caracterizadas como normais. No segundo, retornaram para a avaliação 27,2% das crianças. Neste momento, com o PEATE, 6 crianças obtiveram limiar eletrofisiológico em 30 dB NAn, incluindo a criança que, na primeira avaliação, apresentou falha. Observou-se que as crianças demoraram a realizar a primeira avaliação audiológica e uma alta evasão no acompanhamento (72,8%), podendo, tais fatos, ter como parte da justificativa o período da pandemia. A análise da integridade auditiva apresentou diminuição das latências absolutas das ondas I, III e V e interpicos I-III, III-V e I-V analisadas em ambas as avaliações, com latências dentro dos padrões para a faixa etária estudada. Na pesquisa do limiar eletrofisiológico, a latência da onda V aumentou de acordo com a redução da intensidade e diminuiu quando comparada entre as duas avaliações em cada intensidade, bilateralmente, demonstrando comportamento fisiológico esperado. Conclusão: Portanto, não foi observado ocorrência de alterações neurofisiológicas associadas aos participantes do estudo expostos ao SARS-CoV-2 gestacional. Observou-se resultados dentro da normalidade para o PEATE durante o primeiro ano de vida. O resultado não descarta alterações auditivas de surgimento tardio.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1356
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1356



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