39º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

MONITORAMENTO AUDITIVO DE CRIANÇAS EXPOSTAS À QUIMIOTERAPIA: RESULTADOS PARCIAIS
Franciozi, C. ; Rossetto, A. P. ; Gregory, L. ; Gregianin, L. J. ; Zen, P. R. G. ; SLEIFER, P. ;

Introdução: Os quimioterápicos derivados de platina são amplamente utilizados para o tratamento de neoplasias e possuem relevante eficácia no combate ao câncer. Em contrapartida, apresentam como efeito colateral a ototoxicidade, lesando as células auditivas e podendo ocasionar perdas auditivas. Tais perdas auditivas são caracteristicamente classificadas como sensorioneurais, bilaterais, simétricas e irreversíveis, acometendo inicialmente as frequências altas. Nesse sentido, torna-se relevante a avaliação auditiva periódica nessa população. Objetivos: Analisar os limiares auditivos de crianças expostas à quimioterapia derivada de platina em dois momentos distintos e verificar as alterações. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob número 2023 - 0108. A casuística foi composta por 11 crianças e adolescentes de ambos os sexos, sendo 6 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, entre 5 e 17 anos de idade, em acompanhamento em um local de referência ao atendimento em oncopediatria. Para avaliação e monitoramento dos limiares auditivos foram realizadas as seguintes avaliações: audiometria tonal limiar e audiometria vocal. Resultados: Observou-se na primeira avaliação que: 8 (73%) sujeitos avaliados apresentaram limiares dentro do padrão da normalidade enquanto 1 (9%) com perda auditiva sensorioneural, de grau moderado em ambas orelhas (AO) e 2 (18%) com perda auditiva sensorioneural nas frequências altas, a partir de 3000Hz em AO. Na segunda avaliação, mais 1 (9%) sujeito apresentou alteração auditiva e 2 (18%) apresentaram progressão da perda auditiva (36%). A média de idade da amostra estudada foi de 9,7 anos. Em relação ao diagnóstico oncológico da amostra, o mais prevalente foi de leucemia linfoblástica aguda (36%), seguido por osteossarcoma (27%), tumor de sistema nervoso central (18%), rabdomiossarcoma (9%) e neoplasia maligna de rim (9%). Conclusões: Verificou-se que na primeira avaliação audiológica 27% apresentaram alteração nos limiares auditivos. Ao passo que, na segunda avaliação houve aumento de diagnósticos de perda auditiva (36%). Além disso, 9% da amostra evoluiu de limiares auditivos dentro do padrão de normalidade para perda auditiva nas frequências altas. Tais perdas podem acometer indivíduos expostos a quimioterapia composta por derivados de platina, sendo assim, o monitoramento auditivo se torna fundamental durante o tratamento quimioterápico, visando o diagnóstico, progressão e intervenção nessa população. Cabe ressaltar que os sujeitos da amostra permanecem em monitoramento auditivo e foram encaminhados para reabilitação auditiva.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1371
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/39eia/anais-trabalhos-consulta/1371



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