38º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

RESULTADOS TIMPANOMÉTRICOS EM UM GRUPO DE PACIENTES COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: ANÁLISE DE ACORDO COM FAIXA ETÁRIA
ANTUNES, L. P. M. ; TEIXEIRA, A. R. ; COSTA, L. R. ; SILVEIRA, M. R. ; WEINGAERTNER, L. W. ; SANTOS, C. D. ; UNCHALO, A. L. S. ; FELIX, T. M. ;

INTRODUÇÃO: A OI é um comprometimento genético hereditário, caracterizado pela fragilidade dos
ossos, que originam fraturas, mesmo com ausência de traumas. Essa característica clássica se dá
em decorrência da produção do colágeno do tipo I estar prejudicada. Existe uma variação neste
comprometimento, uma vez que os danos podem ser na quantidade da produção do colágeno,
expressando os tipos mais leves de OI, ou na qualidade da produção, que revelam os tipos mais
graves da doença. A manifestação clínica da OI é bastante heterogênea, sendo que pacientes da
mesma família, com mutações em comum, podem apresentar diferentes morbidades, e dentre elas
estão as alterações auditivas. As alterações audiológicas em indivíduos adultos com OI são comuns
e progressivas, sendo comumente encontradas bilateralmente entre a segunda e terceira década de
vida. Costumam manifestar-se inicialmente como perda auditiva condutiva, progredindo mais tarde
para alterações auditivas mistas e finalizando na perda neurossensorial. OBJETIVO: comparar os
resultados dos valores de compliância de pacientes com diagnóstico de OI com relação ao tipo
clínico da doença. METODOLOGIA: Estudo observacional, com análise transversal, realizado em
ambulatório especializado de um hospital de referência no sul do país. A pesquisa foi composta por
indivíduos com diagnóstico prévio de OI, no período entre abril de 2019 e dezembro de 2022.
Participaram da amostra pacientes com diagnóstico clínico de OI dos tipos I, III, IV e V, de ambos os
sexos, sendo necessária idade mínima de cinco anos para participação da pesquisa. Indivíduos que
apresentaram curvas timpanométricas do tipo B e C foram excluídos da amostra. Todos os pacientes
incluídos foram avaliados por meio de imitanciometria, realizada com equipamento AT235h
(Interacoustics). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE
31006620200005327). RESULTADOS: A amostra foi composta por 105 pacientes, sendo 67 (63,8%)
do tipo I, 11 (10,5%) do tipo III, 22 (21%) do tipo IV e 5 (4,8%) do tipo V. 207 orelhas foram avaliadas,
e, quando separadas por tipo de OI, obteve-se os seguintes valores de compliância: no tipo I, o pico
de compliância variou entre 0,25mL e 2,93mL, com mediana de 0,80mL; no tipo III, variou entre
0,28mL e 1,31mL, com mediana de 0,40mL; no tipo IV, variou entre 0,32mL e 3,27mL, com mediana
de 0,63mL; no tipo V, variou entre 0,24mL e 0,97mL, com mediana de 0,47mL. Na análise estatística,
evidenciou-se diferença significativa entre os valores de compliância encontrados nos indivíduos do
tipo I quando comparado aos valores encontrados no tipo III (p=0,002). CONCLUSÃO: Consoante
aos achados da pesquisa, foi constatada diferença significativa nos valores de compliância no grupo
de pacientes com OI tipo I quando comparado aos pacientes do tipo III.

1. BRIZOLA, E. et al. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E PADRÃO DE FRATURAS NO MOMENTO DO
DIAGNÓSTICO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM CRIANÇAS. Revista Paulista de Pediatria,
[s. l.], v. 35, n. 2, p. 171–177, 2017.

2. OTAVIO, A. C. da C. et al. Alteração auditiva em osteogênese imperfeita: revisão sistemática de
literatura. Audiology - Communication Research, [s. l.], v. 24, p. e2048, 2019.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.1013
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/38eia/anais-trabalhos-consulta/1013


ATENDIMENTO

INSCRIÇÕES
(11) 99307-8233
vanessa.alves@ccmgroup.com.br
TRABALHOS
(51) 9161-4676
beatriz.costa@ccmgroup.com.br
SEJA UM PATROCINADOR
(11) 97896-0793
tatiane.torres@ccmgroup.com.br
DEMAIS DEPARTAMENTOS
55 (11) 99462-6638
aba@audiologiabrasil.org.br
Desenvolvido por Dinamk Websolutions