A IMPORTÂNCIA DAS MANOBRAS DE POSICIONAMENTO EM PACIENTES COM MIGRÂNEA VESTIBULAR
RIBEIRO, D. A. ;
CRUZ, A. V. S. ;
VITÓRIA, R. O. ;
GOMES, L. C. ;
SOUSA, M. G. C. ;
Introdução: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) se caracteriza como uma disfunção vestibular periférica na qual há a ocorrência de episódios vertiginosos, com presença de nistagmos, devido a mudanças na posição da cabeça. Em conjunto, a Migrânea Vestibular (MV) é a associação da enxaqueca com os sintomas vestibulares, como a tontura e a vertigem. A MV e a VPPB têm uma íntima relação em indivíduos enxaquecosos, uma vez que estes apresentam duas vezes mais a chance de desenvolver nistagmos posicionais quando comparados à indivíduos que não sofrem de enxaqueca. Objetivo: Relacionar a presença de nistagmos às manobras de posicionamento em pacientes com diagnóstico de migrânea vestibular. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com amostra de conveniência, realizado no Ambulatório de Otoneurologia de uma Universidade em Salvador. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa de uma Universidade em Salvador, sob o parecer nº 2.556.140. A amostra foi composta por um grupo focal de 35 pacientes com diagnóstico de migrânea vestibular, de ambos os sexos, atendidos em uma Farmácia Universitária, no período entre agosto de 2018 a dezembro de 2022. Para coleta de dados foram realizadas as manobras diagnósticas, e, para o registro destas foi utilizado o equipamento SVNC – Sistema para Videonistagmoscopia Computadorizado da marca Contronic, denominado de Vídeo Frenzel. Resultados: 83% dos pacientes apresentaram resultado positivo às manobras diagnósticas realizadas, sendo 48% da amostra apresentaram presença de nistagmo na manobra denominada Head Roll Test e 52% na manobra de Dix Hallpike. De acordo com a literatura, a presença de nistagmo na manobra Head Roll Test indica otolitíase de canal lateral e na manobra Dix Hallpike em canais verticais. Conclusão: Fica evidenciado a ocorrência da otolitíase em pacientes com migrânea vestibular, sendo esta a chave para o diagnóstico e conduta terapêutica.
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