38º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO EM NEONATOS COM INDICADORES DE RISCOS PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA PROVENIENTES DE ALOJAMENTO CONJUNTO E UTI/UCI-NEONATAL
Chiriboga, L.F. ; Sideri, K.P. ;

Introdução: A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) faz parte de um programa de Saúde Auditiva e deve seguir recomendações de órgãos competentes. Desde 2012, com as Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal, a escolha do procedimento para a TAN é realizada de acordo com a presença ou ausência de Indicador de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA), sendo as Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAt) recomendadas para indivíduos sem IRDA e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE-a) para indivíduos com IRDA. Objetivo: Analisar os resultados do diagnóstico audiológico de neonatos com IRDA que falharam na TAN. Metodologia: Análise documental de janeiro a junho de 2022 de um hospital com serviço de TAN. Levantou-se os nascimentos desse período e classificou-se em neonatos sem ou com IRDA. Dentre os neonatos com IRDA, foram selecionados aqueles que “falharam” na TAN e foram encaminhados ao diagnóstico audiológico, verificando-se também se estes eram provenientes de alojamento conjunto (AC) ou Unidade de Terapia Intensiva/Unidade de Terapia Semi Intensiva-neonatal (UTI/UCI-neo). O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 5.227.720/2022. Resultados: Dos 5081 neonatos nascidos nesse período, 33 foram a óbito, 4 foram transferidos antes da realização da TAN e 2 evadiram do serviço. Foram triados 5042, sendo que 501 (9,93%) tinham IRDA. Desses com IRDA, 239 eram provenientes de AC e 262 provenientes de UTI/UCI-neo. Dos neonatos de AC, 14 foram encaminhados para diagnóstico enquanto dos neonatos de UTI/UCI-neo, 24 foram encaminhados. No diagnóstico de neonatos provenientes de AC, obteve-se: 9 (64,28%) neonatos com audição normal; 3 (21,42%) neonatos com deficiência auditiva (DA) e 3 (21,42%) evasões. No diagnóstico de neonatos provenientes de UTI/UCI-neo, obteve-se: 14 (58,33%) neonatos com audição normal e 10 (41,67%) com DA. Foram identificadas alterações unilaterais e bilaterais, de caráter condutivo ou sensorioneural em graus que variaram de leve a profundo, sendo que os casos de maior gravidade identificados pelo diagnóstico eram referentes a neonatos provenientes da UTI/UCI-neo. Os responsáveis receberam orientações e os indivíduos com audição normal foram encaminhados para monitoramento audiológico enquanto os com diagnóstico de DA foram encaminhados para avaliação otorrinolaringológica. Conclusão: Por meio desse levantamento foi possível observar que neonatos com IRDA provenientes de UTI/UCI-neo e que foram encaminhados para a realização de diagnóstico audiológico apresentaram maior chance de possuírem DA confirmada, muitas vezes em graus de maior severidade. Além disso, observou-se ainda que foi possível por meio do diagnóstico o reconhecimento de diversos casos de alterações de caráter condutivo que, apesar de muitos serem alterações transitórias, não se exime a importância de sua identificação oportuna para adequado tratamento e acompanhamento.

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas e Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012;
2. JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING (US JCIH). Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. The Journal of Early Hearing Detection and Intervention 2019; 4 (2).
3. Chiriboga LF, Sideri KP, Figueiredo SNFR, Pinto ESM, Arteta LMC. Outcomes of a universal neonatal hearing screening program of 9941 newborns over a one-year period in Campinas, Brazil. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology. Volume 148. 2021. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2021.110839.
4. Hille ET, van Straaten H, Verkerk PH, Paul Verkerk CH. Prevalence and independent risk factors for hearing loss in NICU infants neonatal hearing screening working group.
5. Anastasio ART, Yamamoto AY, Massuda ET, Manfredi AKS, Cavalcante JMS, Lopes BCP, et al. Comprehensive evaluation of risk factors for neonatal hearing loss in a large Brazilian cohort. J Perinatol 2020 412 [Internet]. 2020 Sep 3 [cited 2022 Jun 6];41(2):315–23. Available from: https://www.nature.com/articles/s41372-020-00807-8
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.800
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/38eia/anais-trabalhos-consulta/800


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