AUTOPERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR SOBRE OS EFEITOS DO RUÍDO NO DIA A DIA E NAS ATIVIDADES ACADÊMICAS
SABAKEVISKI, C. ;
De Conto, J. ;
Lima, A. P. ;
Pizzato, E. G. ;
Introdução: Atualmente, o ruído afeta um número grande de pessoas, causando efeitos auditivos como perda auditiva e zumbido, como também efeitos extras auditivos, como desconforto, distúrbio do sono e distúrbios cardíacos, dificuldades de comunicação, entre outros. O nível de ruído em relação a Norma Brasileira Registrada NBR 10152, relata como aceitável para salas de aula um ruído ambiente de 40 a 50 dB(A), sendo que valores acima deste são considerados nocivos à saúde. Na sala de aula, podem ser gerados ruídos externos, como trânsito e construções civis, ruídos locais, como quadra de esportes e as outras salas de aula e fontes internas ao ambiente, sendo os ruídos produzidos dentro da sala de aula, como conversas e barulho de ventiladores. Assim podemos perceber que ruído ambiental além de prejudicar à saúde, interfere nas relações e atividades de ensino-aprendizagem em uma sala de aula, causando problemas de atenção, concentração e até mesmo irritabilidade, afetando então, a qualidade de vida e seu desempenho na sala de aula.
Objetivos: Verificar a auto percepção de estudantes do ensino superior sobre os efeitos do ruído no dia a dia e nas atividades acadêmicas, com o intuito de promover a conscientização e consequentemente a melhoria na qualidade de vida dos estudantes.
Metodologia: O presente estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa, COMEP-UNICENTRO tendo o número do parecer de aprovação 5.501.099. Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa, realizada com estudantes universitários. O estudo será realizado através de um formulário de percepção, pela plataforma “Google Forms”, com configuração totalmente online, devido a facilidade de acesso da população estudada.
Resultados: Participaram da pesquisa estudantes do ensino superior com idade entre 18 e 34 anos, sendo que cerca de 89,7% dos participantes são estudantes de fonoaudiologia. Em relação a posição deles na sala de aula, relatam que 41,4% sentam no fundo da sala de aula, 34,5% sentam na frente e 24,1% sentam no meio, ao serem questionados sobre ouvir bem a voz do professor, 96,6% relatam que ouvem bem, porém 3,4% relata que ouve, mas não compreende na maioria das vezes. No que se refere ao ruído, o barulho que mais se ouve na sala em relação aos participantes são conversas paralelas na sua sala e barulho externo (passos no corredor), com 69% e 65,5%, visto o que mais atrapalha são as conversas, barulho do ventilador e cortador de grama. Sobre a influência do ruído sobre seu rendimento acadêmico, os participantes relataram sobre irritabilidade com 69%, dor de cabeça também com 69%, cansaço com 48,3% e dificuldade de concentração, sendo o mais alto com total de 82,8%. Conclusão: Percebe-se que a dificuldade de concentração é o mais relatado entre os estudantes, o que acaba prejudicando seu rendimento acadêmico e também sua qualidade de vida, por isso é muito importante a conscientização, visto que o ruído mais exposto foram as conversas paralelas durante a aula.
PIMENTEL, B. N, FEDOSSE, E., RODRIGUES, N. G. S., CRUZ, K.S., SANTOS, V. A. V. Percepção do ruído, saúde auditiva e qualidade de vida de professores de escolas públicas, Santa Maria (RS), 2016.
Guidini, Rafaela Fernanda et al. Correlações entre ruído ambiental em sala de aula e voz do professor. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [online]. 2012, v. 17, n. 4
FERNANDES, S. V. L. Atitudes Frente Ao Ruído No Ambiente Escolar: Uma Análise Com Estudantes do Ensino Médio, João Pessoa (PA), 2017.
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