38º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROCESSAMENTO TEMPORAL EM CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME
LOPES R.V. ; BRAGA J.A.P. ; GIL D. ;

Introdução: A doença falciforme é uma anemia hemolítica, de origem genética, caracterizada por um padrão de herança autossômica recessiva. Devido à vaso-oclusão, indivíduos com a doença falciforme podem ter uma deterioração progressiva na audição. Pouco se sabe a respeito das habilidades auditivas centrais neste grupo tão significativo da população brasileira. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar o processamento auditivo temporal de crianças com doença falciforme. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com crianças portadoras de doença falciforme recrutadas pelo ambulatório de Hematologia Pediátrica de um hospital universitário. Os testes aplicados para a avaliação do processamento temporal foram o Teste de Memória Sequencial Verbal e Não-Verbal, Teste Padrão de Frequência e Random Gap Detection Test. Os resultados foram tratados por meio de estatística descritiva e o projeto foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa sob o número Introdução: A doença falciforme é uma anemia hemolítica, de origem genética, caracterizada por um padrão de herança autossômica recessiva. Devido à vaso-oclusão, indivíduos com a doença falciforme podem ter uma deterioração progressiva na audição. Pouco se sabe a respeito das habilidades auditivas centrais neste grupo tão significativo da população brasileira. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar o processamento auditivo temporal de crianças com doença falciforme. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com crianças portadoras de doença falciforme recrutadas pelo ambulatório de Hematologia Pediátrica de um hospital universitário. Os testes aplicados para a avaliação do processamento temporal foram o Teste de Memória Sequencial Verbal e Não-Verbal, Teste Padrão de Frequência e Random Gap Detection Test. Os resultados foram tratados por meio de estatística descritiva e o projeto foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa sob o número 4.986.168. Resultados: No total, 30 sujeitos foram avaliados, com média de idade de 9.43 ± 1,01 anos, sendo 19 do sexo feminino e onze do masculino. A escolaridade variou do segundo ao sexto ano do ensino fundamental. Um total de 41,4% da amostra apresentou dificuldades de leitura e escrita e 23,3% apresentou dificuldades de aprendizagem. A complicação clínica mais prevalente na amostra foram as crises de dor (93,3%), seguida da da síndrome torácica aguda que ocorreu em 86,7% da amostra. De acordo com os resultados da avaliação comportamental do processamento auditivo central temos que os sujeitos apresentaram uma média de acertos maior para o Teste de Memória Sequencial Verbal com três sons (média=81.1%; DP=24.3%) em relação ao de quatro sons (média=55.6%; DP=34.3%). O mesmo pode ser observado para o Teste de Memória Sequencial Não Verbal, no qual o desempenho dos indivíduos foi melhor para a ordenação temporal simples com três instrumentos (média=92.2%; DP=14.3%) quando comparado ao desempenho para a sequencialização com quatro instrumentos (média=68.9%; DP=28.9%). Para o Teste Padrão de Frequência pudemos verificar que o desempenho médio da amostra foi de 61.4% de acertos (DP=23.4%). No Teste Random Gap Detection a média de detecção das mudanças na detecção de intervalos de silêncio foi de 10.9 ms (DP=12.4). Verificamos que o desempenho apresentado pela amostra foi pior na ordenação temporal complexa do que para a ordenação temporal simples. Também observamos que o desempenho do teste de Memória Sequencial Verbal foi inferior ao de Memória Sequencial Não-Verbal tanto para três quanto para quatro sequências. Conclusão: Observa-se que 80% da amostra apresentou alteração na habilidade de ordenação temporal e 33,3% na habilidade de resolução temporal, demonstrando alteração frequente deste mecanismo fisiológico em sujeitos com doença falciforme. Resultados: No total, 30 sujeitos foram avaliados, com média de idade de 9.43 ± 1,01 anos, sendo 19 do sexo feminino e onze do masculino. A escolaridade variou do segundo ao sexto ano do ensino fundamental. Um total de 41,4% da amostra apresentou dificuldades de leitura e escrita e 23,3% apresentou dificuldades de aprendizagem. A complicação clínica mais prevalente na amostra foram as crises de dor (93,3%), seguida da da síndrome torácica aguda que ocorreu em 86,7% da amostra. De acordo com os resultados da avaliação comportamental do processamento auditivo central temos que os sujeitos apresentaram uma média de acertos maior para o Teste de Memória Sequencial Verbal com três sons (média=81.1%; DP=24.3%) em relação ao de quatro sons (média=55.6%; DP=34.3%). O mesmo pode ser observado para o Teste de Memória Sequencial Não Verbal, no qual o desempenho dos indivíduos foi melhor para a ordenação temporal simples com três instrumentos (média=92.2%; DP=14.3%) quando comparado ao desempenho para a sequencialização com quatro instrumentos (média=68.9%; DP=28.9%). Para o Teste Padrão de Frequência pudemos verificar que o desempenho médio da amostra foi de 61.4% de acertos (DP=23.4%). No Teste Random Gap Detection a média de detecção das mudanças na detecção de intervalos de silêncio foi de 10.9 ms (DP=12.4). Verificamos que o desempenho apresentado pela amostra foi pior na ordenação temporal complexa do que para a ordenação temporal simples. Também observamos que o desempenho do teste de Memória Sequencial Verbal foi inferior ao de Memória Sequencial Não-Verbal tanto para três quanto para quatro sequências. Conclusão: Observa-se que 80% da amostra apresentou alteração na habilidade de ordenação temporal e 33,3% na habilidade de resolução temporal, demonstrando alteração frequente deste mecanismo fisiológico em sujeitos com doença falciforme.

American Academy of Audiology (AAA) [internet]. Clinical Practice Guidelines:
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DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.839
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/38eia/anais-trabalhos-consulta/839


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