ESCALA DE AQUISIÇÃO DE HABILIDADES AUDITIVAS DE CRIANÇAS USUÁRIAS DE IMPLANTE COCLEAR RECÉM-IMPLANTADAS
DIAS S.G. ;
GIL D. ;
Introdução: A escala NAMES estabelece uma projeção do aumento da audição ativa e da memória auditiva desde os primeiros dias após a ativação do implante coclear. Objetivo: Aplicar e comparar os resultados da escala NAMES na caracterização da evolução das habilidades auditivas após a implantação em crianças.
Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal observacional, o método estatístico utilizado foi de porcentagem simples de frequência de ocorrência. O projeto do estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - CEP (Nº 0711P/2021). Foram consideradas informações do protocolo da criança, informações do prontuário médico, dados audiológicos, idade da ativação e da adaptação do implante, assim como a adesão ao tempo de terapia. Fizeram parte da amostra cinco crianças recém-implantadas de 0 a 3 anos de idade, de ambos os sexos, em atendimento fonoaudiológico; sendo a escala NAMES aplicada em duas sessões fonoaudiológicas, com intervalo de seis meses entre elas. A escala NAMES constitui essencialmente um perfil que é preenchido com base em observações e relatórios de adultos próximos à criança e estabelece uma projeção do aumento da capacidade auditiva ativa e memória auditiva desde os primeiros dias após a ativação do implante coclear. Cada meta contém 10 descritivos de habilidades/comportamentos que espera-se que a maioria das crianças, sem dificuldades/problemas adicionais e que fizeram cirurgia do implante coclear em idade precoce, alcancem dentro de um intervalo de tempo designado.
Resultados: De acordo com os resultados apresentados pelos casos estudados, foi possível observar que as crianças com maior adesão à terapia fonoaudiológica e com maior tempo de uso do IC apresentaram melhor desempenho auditivo e linguístico. A maior pontuação de evolução foi de sete pontos e a menor de dois pontos.
Conclusão: As crianças da amostra não apresentaram a evolução esperada. O instrumento mostrou-se eficiente ao demonstrar que o uso inconsistente do dispositivo e a baixa porcentagem de comparecimento à terapia fonoaudiológica influenciaram de forma negativa o desempenho na escala proposta.
MORET, Adriane Lima Mortari e COSTA, Orozimbo Alves. Conceituação e indicação do implante coclear. Tratado de audiologia. Tradução. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Acesso em: 13 set. 2021.
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