APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL EM PERDAS AUDITIVAS MÍNIMAS: JULGAMENTO DO USUÁRIO
RODRIGUES, B.T.T. ;
OLIVEIRA, J.R.M. ;
PELANDA-ZAMPRONIO, C.D. ;
CUNHA, M.L.S. ;
MONDELLI, M.F.C.G. ;
Introdução: considerar a amplificação como abordagem terapêutica para indivíduos com deficiência auditiva leve, conhecida como "deficiência auditiva mínima'', é uma decisão clínica que deve ser pautada em evidências científicas que avaliam o julgamento do usuário. A restrição de participação devido ao prejuízo sensorial e a expectativa e a satisfação ao uso do Aparelho de Amplificação Sonora individual merecem ser verificadas, pois refletem o sucesso dos resultados do processo reabilitativo. Objetivo: verificar a restrição de participação nas atividades de vida diária, a expectativa quanto ao uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual e o nível de satisfação obtido com o uso da amplificação para os indivíduos com deficiência auditiva mínima. Metodologia: pesquisa primária, clínica, longitudinal, prospectiva, aprovada eticamente sob parecer 5.013.236, realizada com amostra de 15 indivíduos (14 idosos e um adulto) com deficiência auditiva mínima, ou seja, de grau leve, utilizando os instrumentos Hearing Handicap Inventory for the Elderly - Screening Version, Hearing Handicap Inventory for Adult, Client Oriented Scale of Improvement, nos momentos pré e pós adaptação de AASI e Satisfaction With Amplification In Daily Life no momento pós adaptação. Resultados: Situações de prioridade de escuta como: conversa com uma ou duas pessoas em silêncio, igreja ou reunião, outros, conversa com grupo em ruído e conversa com uma ou duas pessoas em ruído foram as de maior ocorrência. Houve diferença significativa no pré e pós adaptação com AASI para domínio social, emocional e resultado total do HHIE. A maioria (40%) dos participantes referiu o grau de melhora como “muito melhor” e todos estavam satisfeitos. Conclusão: indivíduos estudados obtiveram melhora da restrição de participação em atividades rotineiras e satisfação com a amplificação. Para a maioria dos participantes as expectativas quanto às prioridades de escuta foram alcançadas repercutindo na otimização da reabilitação auditiva e resgate de satisfatória qualidade de vida.
BESS, F. H.; DODD-MURPHY. J.; PARKER, R. A. Children with minimal sensorineural hearing loss: prevalence, educational performance, and functional status. Ear Hear. Nashville, v. 19, n. 5, p. 339-354, 1998.
TIMMER B. H. B.; HICKSON, L.; LAUNER, S. Do Hearing Aids Address Real-World Hearing Difficulties for Adults With Mild Hearing Impairment? Results From a Pilot Study Using Ecological Momentary Assessment. Trends. Hear, v. 22, p. 1-15, 2018.
LUZ, V. B.; GHIRINGHELLI, R.; IÓRIO, M. C. M. Restrições de participação e estado mental: estudo em novos usuários de próteses auditivas. Audiol., Commun. res, v. 23, p. 1-8, 2018.
CAMARGO, K.; LACERDA, A. B. M.; SAMPAIO, J.; LÜDERS, D.; MASSI, G.; MARQUES, J. M. Percepção de idosos sobre a restrição da participação relacionada à perda auditiva. Distúrb Comun, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 736-747, Dec. 2018.
PERSON, O. C.; SIMONIAN, A. A.; GONÇALVES, I. M.; PUGA, M. E. S.; ATALLAH, A. N. Intervenções para perda auditiva sensorioneural: o que mostram as revisões sistemáticas Cochrane? Diagn Tratamento, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 108-113, 2022.
DADOS DE PUBLICAÇÃO