O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS SUBMETIDOS À REABILITAÇÃO AUDITIVA
Carli, F.V.B.O ;
Oliveira, A.M. ;
Vedovato, G.L. ;
Barbui, T.R.M. ;
Alcântara, Y.B. ;
Luiz, A.L.F. ;
Frizzo, A.C.F ;
Introdução: O envelhecimento humano gera modificações funcionais, estruturais e sensoriais importantes. A perda auditiva é uma das três condições crônicas mais prevalentes, podendo atingir até 84% dos idosos.1 Sabe-se que, indivíduos com perda auditiva são mais propensos a ter alterações de equilíbrio e histórico de queda, as quais, podem promover sérios distúrbios na qualidade de vida da população geriátrica. 2,3 Objetivo: Analisar o risco de quedas em idosos submetidos à reabilitação auditiva. Material e Método: Este estudo foi aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa, sob o número: 5.690.286. Trata-se de um estudo piloto, descritivo, no qual foram avaliados pacientes com presbiacusia, em atendimento em um Centro Especializado em Reabilitação. Para a coleta de dados, utilizou-se os seguintes instrumentos: um questionário de identificação e avaliação de quedas e os testes de equilíbrio, TUG (Timed Up and Go Test) e escala de equilíbrio de Berg (EEB), realizados logo após a reabilitação auditiva com adaptação de próteses auditivas bilateralmente de um mesmo fabricante. Resultados: A amostra foi composta por 11 idosos, sendo 5 (45,5%) do sexo feminino e 6 (54,5%) do sexo masculino. A idade dos pacientes variou entre 64 e 96 anos, com uma média de idade de 75,5 anos. Quanto a presença de doenças crônicas, 45,4% eram diabéticos e 63,3% apresentavam Hipertensão arterial sistêmica. Quanto a ocorrência de quedas, 27,7% dos idosos mencionaram quedas no ano anterior, dentro do domicilio, sem consequências graves e 72,7% relataram medo de cair. Em 63,3% dos pacientes verificou-se uso de 4 ou mais medicamentos por dia. Em relação ao risco de quedas, no teste de TUG 27,7% foram classificados com risco moderado e na escala de Berg, apenas 9% apresentaram risco elevado de quedas. Conclusão: Concluiu-se que, embora a maioria da amostra não tenha apresentado um risco elevado para quedas, a sua ocorrência esteve presente entre os pacientes com presbiacusia e, muitos, relataram medo de sofrer quedas. A identificação de preditores de quedas em pacientes com presbiacusia pode auxiliar na elaboração de estratégias de prevenção, nesta população.
LOPES, D.F, et al. Fatores relacionados a quedas em idosos. Rev Inic Cient e Ext., v. 2, n. 3, p.131-8, agost. 2019.
PINHO TAM, et al. Avaliação do risco de quedas em idosos atendidos em Unidade Básica de Saúde. Rev Esc Enferm USP, v. 46, n. 2, p. 320-7, abr.2012.
ANDERSON, S.; PARBERY-CLARK, A.; WHITE-SCHWOCH, T.; KRAUS, N. Aging affects neural precision of speech encoding. The Journal of neuroscience: the official journal of the Society for Neuroscience, v. 32, n. 41, p. 14156–64, october. 2012.
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