38º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

LEITURA COMPARTILHADA EM FAMÍLIA COM CRIANÇA SURDA ORALIZADA: ESTRATÉGIAS DE COACHING FONOAUDIOLÓGICO EM REABILITAÇÃO AUDITIVA
Silva, G.N.O. ; Silva, A. A. ; Grassi, J. ; Albuquerque, G.S. ; Pessoa-Almeida, A. ; Chiriboga, L.F. ;

A leitura compartilhada em família favorece competências sócio-emocionais, cognitivas, culturais, outrossim, de desenvolvimento de linguagem. Precipuamente na criança surda oralizada, oportuniza, em estratégias de percepção e produção da fala, a coadunar táticas em prol da linguagem oral-verbal alicerçadas no acesso e desenvolvimento de habilidades auditivas. A reabilitação com foco na família que preconiza coaching encoraja usos vantajosos de táticas com supremacia de informações, influencia mudanças e gerencia novas oportunidades de construção das situações dialógicas, a promover a literacia das famílias. Considerando este papel do fonoaudiólogo, compreender sobre características da interação familiar construídas singularmente benfazeja o olhar acurado enquanto fortes preditores ao processo de desenvolvimento biopsicossocial e caracteriza balizadores na reabilitação. Este estudo visou descrever e analisar a leitura compartilhada da família com crianças surdas oralizadas pré-escolares, em momentos pré e pós intervenção de coaching do fonoaudiólogo. Foi desenvolvido em um ambulatório universitário público instalado em clínica escola e que está congregado a um serviço de alta complexidade da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Sistema Único de Saúde brasileiro. Congrega ensino em estágio, assistência e, conjuntamente, projeto de extensão com pesquisa. A aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) ocorreu sob registro CAAE 5.400.678. Determinou-se amostra por conveniência: duas crianças em fase de pré-alfabetização da mesma família, com idades de quatro e seis anos, sendo irmãos surdos oralizados engajados semanalmente em atendimento individual de fonoterapia. Neste recorte abordou-se vicissitudes sobre equivalente família, a mapear diversificados e singulares recursos para construir dialogia em cena de leitura compartilhada com respectivos filhos. Foram realizadas videogravações de duas sessões de fonoterapia com cada criança e mãe em momento pré (em que foram solicitados a escolherem um livro, levá-lo até a sala de fonoterapia e realizarem a leitura compartilhada, sem intervenção do fonoaudiólogo) e pós coaching fonoaudiológico (em que sucedeu-se nova solicitação para que realizassem a leitura compartilhada a partir da intervenção fonoaudiológica de coaching). Entre os dois momentos a videogravação foi transcrita e analisada em supervisão clínica com os terapeutas estagiários. Sistematizou-se os dados a partir de um roteiro traduzido ao português brasileiro, a descrever sobre principais estratégias adotadas nas relações de interlocução de leitura compartilhada. A análise comparativa dos diferentes momentos, para ambas crianças, pré e pós coaching fonoaudiológico, permitiu detalhar diversificadas instâncias - fonéticas, fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas - alicerçadas em processos de detecção, discriminação, reconhecimento, compreensão auditivas e de construção de processamento auditivo central, em condições psicoacústicas e lúdicas favoráveis a cada ocasião e criança. Elementos estratégicos assertivamente percebidos coadunam para planejamento e aplicabilidade de táticas ao incremento de cadência discursiva entre interlocutores oportunizados em: interpretarem, parafrasearem, repetirem (feedback acústico-articulatório), apropriarem de destaques acústicos, porora em oferta bimodal todavia a sincronizarem ordenação de estímulos, em prol de expandirem vocabulário, exemplificadamente, dentre outras. Conquanto do elevado envolvimento do familiar, notou-se repercussão de incentivos com família, a balizar e circunscrever estratégias positivas, reformulações de reflexões, contínua autopercepção a elevar o conhecimento conforme cada etapa de sua criança. A videogravação pode ser recurso suplementares na assertividade para a reabilitação.

1- Lyn Robertson, Denise Wray. Development of literacy in auditory-verbal therapy. In: Warren E, Helen Mc M, Karen ML, editors. Auditory-Verbal Therapy. San Diego; CA: Plural; 2020. p. 487-518.
2 - Helen McCaffrey Morrison, Cheryl L. Dickson. Coaching and mentoring practitioners and auditory-verbal therapy. In: Warren E, Helen Mc M, Karen ML, editors. Auditory-Verbal Therapy. San Diego; CA: Plural; 2020. p. 849-868.
3 - Wass Malin, Anmyr Lena, Lyxell Björn, Östlund Elisabet, Karltorp Eva, Löfkvist Ulrika. Predictors of Reading Comprehension in Children With Cochlear Implants. In: Frontiers in Psychology v10, 2019 DOI=10.3389/fpsyg.2019.02155, ISSN=1664-1078
4- Novaes BC, Balieiro CR. Terapia fonoaudiológica da criança surda. In: Ferreira LP, Befi-Lopes DM, Limongi SCO, organizadores. Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca; 2004
5 - BEVILACQUA, Maria Cecília; MORET, Adriana Lima Mortari. Deficiência auditiva: Conversando com Familiares e Profissionais de Saúde. São José dos Campos: Pulso, 2005.
DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.948
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/38eia/anais-trabalhos-consulta/948


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