PERCEPÇÃO SOBRE O RUÍDO POR ALUNOS PARTICIPANTES DE ATIVIDADES EXTENSIONISTAS
Melo, E. A. ;
Baldissera, C. ;
Menezes, N.B. ;
Moraes, N. M. M. ;
Rodrigues, N.G.S. ;
Santos Filha,V.A.V. ;
INTRODUÇÃO: No mês de abril, tradicionalmente, celebra-se o Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído, no qual se busca abordar questões de saúde auditiva, por meio da conscientização da população sobre o ruído e seus efeitos no organismo. Atenta-se ao fato de que a exposição a níveis elevados de ruído pode provocar consequências graves, ao sistema auditivo, incluindo os danos irreversíveis às células ciliadas da cóclea, órgão sensorial da audição. A 15ª edição se voltou para as implicações do ruído na infância com o lema “Na Infância, diversão e proteção. Ruído, não!”. OBJETIVO: analisar a percepção dos alunos acerca do ruído e da sua relação com a saúde auditiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma ação de extensão desenvolvida em abril de 2022 (retorno a presencialidade), vinculada ao projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o número 87348618.3.0000.5346. Foram realizadas atividades educativas em duas escolas de musicalização. Aplicou-se um questionário estruturado com perguntas sobre a percepção dos alunos acerca do ruído. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 14 alunos, com média de idade de 12,6 anos, sendo 64,3% do sexo feminino, 28,6% do sexo masculino e 7,1% não respondeu. A maioria da amostra (92,8%) afirmou saber o que é o ruído, representando incômodo para 100% dos alunos. Com relação à audição, 100% relataram ouvir bem – 78,6% em ambas as orelhas; 14,3% melhor na orelha direita; e 7,1% melhor na orelha esquerda. A respeito da exposição ao ruído em contextos específicos, 78,6% dos alunos afirmaram que na escola tem muito barulho, no entanto 57,1% percebem o ruído na escola de música. Quanto aos hábitos diários, 50% da amostra referiu exposição ao ruído durante atividades de lazer, dentre as quais destaca-se o uso de dispositivos eletrônicos, tais como o celular (92,9%), TV (85,7%), jogos online (64,3%), notebook (28,6%) e tablet (7,1%). Salienta-se que 37,5% destes utilizam os dispositivos eletrônicos com volume em forte intensidade. O uso de fones de ouvido foi relatado por 71,4% dos alunos, sendo principalmente do tipo inserção (42,8%), do tipo concha (28,6%) e de ambos os tipos (14,3%); complementa-se que 57,1% costumam manter o volume “normal”, 14,3 % usam o volume no “alto”, 14,3% no “baixo” e dois alunos não responderam. Por fim, 100% da amostra afirmou ter apreendido algo novo durante a atividade de educação em saúde, citando-se como exemplos o funcionamento do sistema auditivo, uso adequado dos fones de ouvido e de cotonete, implicações do ruído sobre o organismo. CONCLUSÃO: A maioria dos alunos conhece alguma informação sobre o ruído, considerando-o como um agente incômodo à saúde, além de reconhecerem a presença do ruído tanto no ambiente escolar, quanto em contextos de lazer. Percebe-se, assim, a importância das atividades educativas de conscientização sobre a exposição ao ruído através de ações extensionistas.
Palavras-chave: Conscientização; Educação em saúde; Efeitos do ruído; Ruído.
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