38º Encontro Internacional de Audiologia

ANAIS - TRABALHOS CIENTÍFICOS

ZUMBIDO EM PACIENTES COM PERDA AUDITIVA E DIAGNÓSTICO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Costa, L.R. ; Felix, T.M. ; Antunes, L.P.M. ; Silveira, M.R. ; Santos, C.D. ; Weingaertner, L.W. ; Unchalo, A.L.S. ; Teixeira, A.R. ;

INTRODUÇÃO: A Osteogênese Imperfeita (OI) se constitui como uma doença rara, de origem genética, que produz falhas no colágeno. Além da fragilidade óssea, outros achados extra-ósseos desta doença são descritos na literatura especializada, dentre eles a perda auditiva. Considerando que o zumbido pode ser observado na população com esta doença, é necessária a investigação sobre o impacto deste na qualidade de vida dos indivíduos afetados. OBJETIVO: Investigar o incômodo provocado pelo zumbido em pacientes com perda auditiva e diagnóstico de OI. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada em hospital de referência para OI, devidamente aprovada pelo comitê de ética (CAAE 60692522.1.0000.5327). Após consulta com médica geneticista, em consulta de acompanhamento, foram convidados a participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na sequência, realizaram avaliação audiológica, com audiometria tonal, vocal e medidas de imitanciometria acústica e responderam ao questionário Tinnitus Handicap Inventory, que tem por objetivo avaliar o grau de impacto do zumbido na qualidade de vida. RESULTADOS: A pesquisa contou com 15 participantes, com idade mínima de 15 anos e máxima de 56 anos (35,8±14,7). Destes, 4 (26%) eram homens e 11 (74%) mulheres. .Todos os participantes da pesquisa apresentaram perda auditiva, uni ou bilateral e zumbido A perda auditiva unilateral estava presente em sete (40%) pacientes, enquanto a perda auditiva bilateral foi observada em nove (60%). Quanto ao tipo de perda auditiva, três três(20%) pacientes apresentaram perda do tipo condutiva, 10 (67%) mista e doisdois (13%) neurossensorial Com relação ao zumbido, todos os pacientes avaliados tinham o sintoma há pelo menos seis meses, sendo este o tempo mínimo e 300 meses (25 anos) o tempo máximo relatado (mediana 36 meses). De acordo com os resultados do questionário THI, em três pacientes (20%) o impacto foi desprezível, em sete (47%) leve, em um (7%) severo e em quatro (27%) catastrófico. CONCLUSÃO: Constatou-se que, na amostra avaliada, o zumbido foi observado em 100% dos participantes, sendo o impacto leve ou catastrófico os mais prevalentes. Atenta-se para o fato de que os trabalhos na literatura que investigam este sintoma na população diagnosticada com OI são escassos, evidenciando a necessidade de mais pesquisas voltadas a este assunto.

CARRÉ, F.; ACHARD, S.; ROUILLON, I.; PARODI, M.; LOUNDON, N. Hearing impairment and osteogenesis imperfecta: Literature review. European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck diseases: 136, 379–383. 2019.
FERNANDO, T.C.P.; JEFFERSON, R.T.O.; FAVIOLA, C.A.E.; FERNANDO, J.P.F. Osteogénesis imperfecta: revisión de la literatura actual. Rev. Ecuat. Pediatr. 20 (1); 4 - 9. Universidad San Francisco de Quito, Equador, 2019.
GONÇALVES, S.N. Prevalência de zumbido em indivíduos brasileiros com diagnóstico de Osteogênese Imperfeita. Tese (Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2022.



DADOS DE PUBLICAÇÃO
Página(s): p.977
ISSN 1983-1793X
https://audiologiabrasil.org.br/38eia/anais-trabalhos-consulta/977


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